Petros
ANO 7        |       março de 2021
Petros encerra 2020 com patrimônio de R$ 116 bi e PPSP-NR tem superávit após nove anos
A Petros encerrou o exercício de 2020 com rendimento consolidado de 8,45%, totalizando um retorno líquido de R$ 7,6 bilhões nos investimentos. O bom desempenho foi determinante para elevar o patrimônio total da Fundação para R$ 116 bilhões, um incremento de cerca de 9% em relação ao ano anterior, quando contabilizava R$ 108 bilhões, um crescimento excepcional considerando o cenário desafiador imposto pela pandemia. O ano de 2020 também é um marco na história dos dois maiores planos de benefício definido que administramos, os planos Petros do Sistema Petrobras-Repactuados e Petros do Sistema Petrobras-Repactuados-Não Repactuados (PPSP-R e PPSP-NR), que, depois de nove anos, fecharam com superávit, revertendo o cenário de sucessivos déficits. No caso do PPSP-NR, o equilíbrio técnico foi de R$ 535,5 milhões. O retorno desses planos BD para o campo positivo é fruto da rentabilidade obtida nos investimentos, acima da meta atuarial, aliada a um consistente trabalho de reestruturação conduzido no ano passado.

"O resultado chancela a reestruturação que promovemos nos PPSPs e o processo de turnaround da empresa, com mudanças implementadas em diferentes frentes: governança, investimentos, previdência e administrativa. A consistência das nossas estratégias de investimentos e a profissionalização das equipes também foram imprescindíveis para termos um desempenho tão diferenciado, mesmo em um ano atípico e num cenário de juros baixos. Entramos de fato numa nova fase da Petros, de busca por sucessivos superávits, que permitam, no futuro, uma redução das contribuições extras para os nossos participantes", destacou o presidente da Petros, Bruno Dias.

Os números constam nas demonstrações contábeis da Petros referentes a 2020, aprovadas nesta segunda-feira (29/3/2021) pelo Conselho Deliberativo (CD), instância máxima de governança da Fundação. Na ocasião, o CD reconduziu a Diretoria Executiva. O balanço também recebeu o aval do Conselho Fiscal, consolidando o novo momento vivido pela Fundação e refletindo a continuidade dos esforços empreendidos pela atual administração para o fortalecimento da governança da entidade, por meio de um trabalho técnico e pautado pelo compromisso com os participantes.

Além da aprovação pelos órgãos de governança, as demonstrações contábeis também passam pelo crivo da auditoria independente, que atestou, em seu parecer, a conformidade dos números apresentados em relação às normas contábeis, sem qualquer ressalva, o que ocorre pela primeira vez depois de sete anos. A conquista reforça mais uma vez o compromisso da atual gestão com as melhores práticas de governança corporativa, e consolida todo o trabalho realizado nos exercícios anteriores para eliminação de ressalvas apontadas em balanços do passado.

Reestruturação e rentabilidade acima da meta levam a superávit

O PPSP-NR fechou o ano com rentabilidade acima da meta atuarial, valorizando 9,42% frente ao objetivo de 9,08%, com retorno líquido de R$ 1,122 bilhão nos investimentos. Considerando o biênio 2019-2020, o PPSP-NR acumulou rentabilidade contábil de 33,8%.

Em relação ao passivo, atualizado anualmente pela meta atuarial, o que gera um crescimento natural do montante necessário para cobrir todas as obrigações futuras, foi mantida a mesma taxa de juros aplicada no ano anterior, de 4,37%. Este é o percentual de desconto utilizado para dimensionar o montante necessário para cobrir todos os compromissos de um plano de benefícios. Neste sentido, é importante destacar que a decisão de reduzir a taxa de juros em 2019, como forma de adequá-la ao cenário econômico de juros baixos, foi acertada, contribuindo para o resultado superavitário em 2020 e conferindo mais sustentabilidade ao plano. Com isso, a gestão poderá seguir com segurança as estratégias de investimentos desenhadas e que têm proporcionado boa rentabilidade, sem necessidade de aumentar alocações em ativos com maior risco.

Mesmo diante do cenário econômico desafiador, o PPSP-NR registrou superávit de R$ 535,5 milhões, depois de nove anos de sucessivos déficits. O resultado consolida o trabalho de reestruturação conduzido pela atual gestão, evidencia a robustez das estratégias de investimentos da Petros e inicia uma nova fase na trajetória do plano.

Renda fixa e renda variável superam benchmarks - O destaque no PPSP-NR foi a renda fixa, com alta de 9,78%, bem acima do CDI, que é referência para o segmento e avançou 2,77% no período. Contribuiu também para o resultado a renda variável, com retorno de 6,89%, superando o Ibovespa, que subiu 2,92% no ano. Além disso, o segmento de investimentos estruturados - Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) - teve resultado bastante positivo, com valorização de 242,34%, principalmente em função do acordo envolvendo o FIP Sondas e de desinvestimentos em alguns FIPs para reciclagem da carteira, que geraram retorno positivo ao plano.

Já os investimentos imobiliários registraram leve retração, de 0,23%, devido a reavaliações de ativos previstas para o ano. O resultado de imóveis foi contrabalanceado pela forte redução da vacância, em torno de nove pontos percentuais em 2020, a partir de um trabalho de aprimoramento da estrutura da área de investimentos.

Rentabilidade por segmento e total

SEGMENTO PPSP-NR (%)
Renda fixa 9,78
Renda variável 6,89
Estruturado (FIPs) 242,34
Imobiliário -0,23
Operações com participantes 12,25
Total 2020 9,42
Meta atuarial 9,08
Rentabilidade contábil 2019-2020 33,8

Gestão ativa e diversificação: rápida recuperação da rentabilidade

A partir de uma estratégia baseada na diversificação do portfólio e na gestão ativa dos investimentos, com maior agilidade para a tomada da decisão, conseguimos reverter o resultado negativo nos investimentos em função dos impactos da pandemia. No período de março a dezembro, recuperamos 23 pontos percentuais na rentabilidade.

Considerando o rendimento acumulado num prazo maior, desde 2019, quando foi iniciado o novo modelo de gestão ativa, a Petros supera 30% de rentabilidade. "Se adotarmos o modelo dos fundos de investimentos, que marcam todo seu patrimônio a mercado, e é a forma mais fidedigna de retratar o desempenho, a Petros atinge a marca de 34,93% no biênio 2019-2020 - um patamar que se destaca mesmo diante dos melhores gestores do Brasil", destacou o diretor de Investimentos da Petros, Alexandre Mathias.

O IHFA (Índice de Hedge Funds, da Anbima) - que é a referência para os fundos multimercado de gestão ativa - teve retorno acumulado de 17,21% em 2019-2020, ou seja, a rentabilidade consolidada da Petros no período é mais do que o dobro da média dos multimercados.

As estratégias da Petros baseadas em fundos ativos foram um diferencial diante do cenário adverso da economia. Neste sentido, dois produtos geridos por nossa equipe de investimentos tiveram desempenho de destaque entre os melhores dos seus grupos de referência. São eles: o FIA Petros Ativo, que rendeu 11,84%, superando o Ibovespa em 8,7 pontos percentuais (p.p.) em 2020 e em 15 p.p, considerando o rendimento desde outubro de 2019, quando foi criado; e o FIM Carteira Ativa, com alta de 4,73% no ano, acumulando valorização de 13,33% no biênio 2019-2020, resultado 4,44 p.p. acima do CDI.

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